Dragon Sword – Episódio #035: Companheiro ou Inimigo?

   - Acabou. A aventura acaba aqui.

   Kisuke gritou de desespero. Ele estava chorando de desespero. Mas, os dois ficaram em extremo estado de choque quando Raphael disse:

   - Parabéns. Vocês venceram.

   O mundo parou para os jovens. Não acreditaram em nada do que ele disse. Enquanto Raphael se aproximava, Kisuke mandava o guardião se afastar deles.

   De repente, o portão se arrebentou, e vários pedaços de rocha e metal do portão e das paredes voavam para todas as direções: eram Kai e Michelle que conseguiram atravessar a passagem.

   Eles viram Raphael levantando Kisuke e Raitaka, aparentemente de um jeito amigável. Os garotos tentavam se distanciar dele, mas suas forças estavam esgotadas. Kai gritou:

   - Largue eles!

   - Eles ganharam a luta, meu jovem... Seu nome é?

   - Largue eles! Agora!

   - Meu Deus, já te disse que eles me derrotaram!

   - Kai, os garotos os derrotaram – disse Michelle.

   - Michelle, como você caiu nessa?

   - Kai, pensa bem... Ele não os matou ainda... E ainda com nós aqui... Você acha que ele estaria levantando os dois?

   - Mesmo assim! – exclamou Kai – pode ser um disfarce!

   - Olhe a mão dele Kai! Você não percebeu que tinha uma tatuagem nela escrita ? ( = Selar).

   - Não é o suficiente pra me convencer...

   - Eu não queria te revelar, mas... Acredite se quiser, sei ler mentes. – disse ela, fechando os olhos e colocando a mão sobre a cabeça de Kai. Kai riu e ouviu a moça dizer:

   - Você ouve muito Guns N’ Roses, tem queda por góticas e gosta de chá quente... Quer que eu fale mais?

   - N-não... Ah merda, leia a mente dele então pra desmascará-lo! – exclamou Kai, envergonhado.

   Ela pôs-lhe a mão sobre a cabeça e leu a mente dele. Realmente havia boas intenções em seu interior. E ela disse, olhando para Kai:

   - Enfim... Ele está realmente dizendo a verdade. Acho que o que ele tinha na mão era um selo de controle de poderes dele... Ele perdeu e agora está livre do controle, certo?

   - Corretamente, moça... Michelle, não é?

   - Ah, S-sim... Raphael... Prazer.

   - Enfim... Se tudo acabou, o que vai fazer agora? – perguntou Kai

   - Eu era controlado para servir os propósitos de alguém... Essa pessoa deve ter apagado a minha memória, porque eu não ia a favor de suas ideias. Eu quero encontrar esse cretino.

   - Então vai embora? – perguntou Michelle

   - Não. Eu vou ficar ao lado de vocês.

   - Por que você vai... Fazer isso? – disse Kisuke, debilitado.

   - Temos que acabar com quem pôs o selo em mim. Essa pessoa está controlando tudo! É ela que irá tentar pegar a Dragon Sword!!

   Michelle, vendo o estado dos garotos, disse:

   - Não há mais tempo!

   - Pra quê? – perguntou Kai.

   - Eles precisam ter mais poder! Todos nós! Raphael é forte, mas os garotos perderam muito fácil! É teoricamente impossível ganhar assim!

   - E o que você sugere? – perguntou Raphael

   - Vamos ver meu noivo.

   - Ué? O Kim não tá no espaço? – perguntou Raitaka, sangrando.

   - Mas faltam dois dias pro ano novo! Dia primeiro ele toma posse do governo!

   - Então pra onde vamos? – intrigou-se Raitaka.

   - ... Para os EUA.

   Então Raitaka se animou, porque nunca tinha ido a América. Michelle disse:

   - Mas não podem ir nesse estado pra lá.

   - E como vamos pra lá então? – perguntou Kisuke

   - Cell Regeneration! (Regeneração Celular) – exclamou ela. Os dois jovens curaram-se instantaneamente, mas ao preço de suas vidas encurtarem um pouquinho. E, continuando a falar, ela disse:

   - Vamos para o aeroporto de Hiroshima pegar o avião pra Washington.

   Algum tempo depois de terem desembarcado da limusine e chegado ao aeroporto, conheceram um pouquinho de Hiroshima. Depois de passar pelo check-in eles embarcaram no protótipo do KK A380 movido à propulsão nuclear – tecnologia de ponta. Kim enviou aquele avião para teste para ver se conseguia substituir os combustíveis fósseis em veículos por uma energia alternativa.

   Todos, até mesmo Michelle – que já estava há certo tempo com Kim, nunca tinha visto um luxo daqueles – e que se desse certo, iria revolucionar a indústria da aeronáutica.

   Eles curtiram a TV3D, a internet WI-FI super rápida, as banheiras de hidromassagem e, durante a viagem, fizeram uma refeição na sala de jantar do navio, com direito a garçom.

   Raitaka foi jogar Playstation 4 – agora da KK, pois ela havia adquirido a Sony – com Kisuke. Os dois jogaram vídeo game durante horas, enquanto Michelle, Kai, Raphael e Sun Hee conversavam. Raitaka, cansado de tanto perder no Battlefield 5 – World of Chaos, foi descansar na suíte. Sun aproveitou a oportunidade e foi jogar vídeo game com Kisuke. Chegando à sala, ela disse:

   - Oi amor! Comé que se tá? – perguntou ela, sentando-se ao seu lado.

   Ele deu-a um beijo e disse:

   - Bem melhor agora.

   - Awwnnnnnnnnnnn fofo!

   E os dois se abraçaram. Sun, olhando para a tela e o console, disse:

   - Quer jogar comigo?

   - LOL! Jogar o quê?

   - Pode ser Battlefield mesmo!

   E os dois colocaram os óculos 3D e começaram a jogatina. Um tentava matar a equipe do outro num shopping, no meio de uma guerra. Em três rodadas, Kisuke ganhou por pouquíssima diferença de pontos para Sun. Ela olhou pra ele e disse, jogando-lhe a almofada no rosto:

   - Bobo! Tá de sacanagem comigo.

   Tendo dito isso, ela jogou Kisuke contra o sofá, deixando ele deitado. Ela montou em cima dele com se tivesse engatinhando, e disse:

   - Mas você é o meu bobo. Aishiteru, Kisuke-kun!

   E começou o amasso. Eles ficaram ali, se envolvendo por um bom tempo, enquanto Raitaka roncava e os mais velhos conversavam.

   Em incríveis 5 horas, o avião conseguiu atravessar o pacifico e chegar até Washington, em razão da velocidade e eficiência que a sua nova propulsão – Energia Nuclear – proporcionava.

   O avião pousou tranquilamente por volta das três da manhã (horário local). Eles, para se acostumarem com o novo fuso horário, tomaram um remédio para dormir e ali ficaram dormindo dentro do avião no aeroporto até as 11 da manhã – com exceção de Raitaka, que dormira bastante porque estava cansado. Era 29 de dezembro de 2015.