Dragon Sword – Episódio #004: O salvador

    Depois de eles terem se encontrado na praia, foram de carro até à casa de Ichirato. Lá, se acomodaram e foram dormir, devido ao cansaço. No outro dia, Kisuke falou a Ichirato na cozinha, enquanto tomavam café da manhã:

   – Vô... Como o senhor me achou de noite na praia sem saber que eu vinha aqui?

   – Bem... Acho que está na hora de dizer a verdade.

   – Que verdade?

   – Eu sabia desde o começo que você iria vir aqui. Porque você é o salvador do mundo.

   – Que história é essa?

   – Você... Ou melhor, a nossa família é formada por samurais que defendem o mundo de ninjas.

   – Vô... Fala sério!

   – Estou falando sério. Uma prova disso e que você já teve momentos em que fez coisas que pareciam impossíveis aos seres humanos.

   – De vez em quando isso acontece com todo mundo.

   – Não. É porque Você é um Homaru, descendente de uma linhagem de samurais.

   – Vô... Para, tá? Sério. Já perdeu a graça.

   Ichirato foi à sala e pegou uma bainha. Ele chamou Kisuke e o mesmo foi. Ichirato falou:

   – Antes de você seguir em sua jornada, vamos com calma. Primeiro: nos samurais temos um dragão que nos auxilia... Antes de tudo você precisa ter um certo nível de conhecimento sobre o seu.

   – Vô... Mesmo se isso fosse verdade, como eu veria um dragão? Essa história e muito louca, Você anda vendo muito anime.

   Da bainha, Ichirato tirou uma espada. Então, serenamente, falou:

   – Te dou a sua espada que te pertence há três séculos. Toque-a e você saberá que tudo que o falei é verdade. Aí sim, você poderá seguir seu destino e derrotar nossos inimigos, os ninjas, assim protegendo esse mundo.

   Com toda a certeza de que seu avô estava tendo fantasias, Kisuke colocou a mão na espada, como quem não queria nada. Ele viu um ser que parecia um dragão, se afastou, tropeçou na mesa de centro, caiu no chão e bateu a cabeça. Consequentemente, Kisuke desmaiou.

   O barulho acordou Sun, que se levantou e saiu do quarto dizendo:

   – Mas o que tá acontecen–

   Ichirato desmaiou Sun pelas costas dando-lhe um golpe no pescoço.

   Quando Kisuke acordou, abriu seus olhos e viu o céu se movendo. Aí percebeu que ele estava em cima de alguma coisa que voava. Quando ele percebeu que era um “dragão”, quase que perde o equilíbrio e cai, mesmo estando sentado. Mas então ele viu o seu avô na cabeça do animal e falou:

   – Vô! O que é isso?!

   – Não te falei que era verdade?

   – M-mas se tudo o que você contou é verdade... Esse dragão que a gente tá em cima é de quem?

   – Meu.

   – Vô, mas se eu levar essa vida que o senhor me falou, eu largo a faculdade.

   – Você não pode acabar com os estudos.

   – Vô se eu vou salvar o mundo desses ninjas eles não vão atacar só uma vez.

   –... Está bem então.

   – E meus pais e os da Sun... Eles sabem que nós estamos vivos?

   – Eu já telefonei para eles.

   – E eles sabem desse rolo todo?

   – Sim. Seus pais são samurais, como nós.

   – Ah, e por falar na Sun, cadê ela?

   – Atrás de você.

   Kisuke foi até ela porque parecia estar morta. Ele perguntou desesperadamente:

   – Vô! O que aconteceu com ela?!

   – Ela desmaiou. Vai demorar um tempo pra ela acordar.

   E então o dragão falou:

   – Segurem-se.

   – Quem disse isso? – perguntou Kisuke

   – Kisuke, agarre a Sun. – falou Ichirato.

   Kisuke segurou uma mão de Sun e Ichirato segurava os dois para não caírem do dragão, pois eles estavam subindo.

   Eles subiram acima das nuvens. E eles estavam sobrevoando um vale de cinco montanhas, muito belo e não escalável.

   Em uma montanha grande daquelas, o dragão pousou em um templo, que servia como local de treinamento de artes marciais.

   O dragão os deixou lá. Então, de repente o dragão foi “sumiu” como se estivesse teleportado.

   – Vô... Porque o senhor nos trouxe aqui?

   – Aqui será o local do seu treinamento... E o da Sun, quando ela acordar.

   Kisuke virou-se para ver como Sun Hee estava, mas quando olhou não viu ninguém. Ele falou:

   – Vô... Cadê ela?

   – A mandei pra um quarto. Como? Teletransporte. Mas chega de papo. Vamos treinar.

   – Certo!